Jovens estudantes de Araranguá participaram de uma capacitação na cidade de Mariana, em Minas Gerais. Do curso, que aconteceu na primeira quinzena do mês de julho e durou cinco dias, participaram jovens de três estados do país - Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina. Parte da viagem foi a visita das áreas em recuperação ambiental, localizadas no Vale do Rio Doce, que sofreu o desastre ambiental do rompimento da Barragem de Fundão, da mineradora Samarco, no ano de 2015.
A capacitação faz parte da ação Plant For The Planet Brasil, que chegou em Araranguá no ano passado, por iniciativa da Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc), campus da cidade, com o objetivo de conscientizar alunos de escolas sobre os impactos das mudanças climáticas, incentivando a formação de crianças como lideres nas ações locais para plantio de árvores.
Os estudantes - embaixadores da justiça climática no Brasil, que foram para Mariana, representando Araranguá foram: Yasmin Theisen, aluna da EEB Professora Maria Garcia Pessi; e Dionatan Patel, aluno do Colégio Murialdo. Yasmin e Dionatan foram acompanhados da doutora Kátia Madruga, professora e coordenadora da pós-graduação em energia e sustentabilidade na UFSC, Lutz Michaelis, coordenador de programa Plant For The Planet Brasil e a Tânia Sabrina da Rosa da Silva, mãe do Dionatan.
Nos primeiros dois dias, os embaixadores se conheceram e treinarem uma apresentação sobre a crise climática, estudada em academias (oficinas) no Brasil e ao redor do mundo. Na discussão com os jovens, o conteúdo é adaptado para a realidade do pais deles, como mostrando além dos alpes na Europa, o derretimento do gelo nos Andes, o desmatamento na Amazônia ou refugiados climáticos no nordeste do Brasil. Assim, as crianças desenvolvem uma conexão entre os acontecimentos globais e a realidade local. Para colocar o conhecimento em prática, desenvolvem projetos de maior porte para as regiões onde estão inseridos.
Nos últimos dois dias, os estudantes araranguaenses visitaram a área atingida pela lama, ocasionada pelo rompimento da Barragem de Fundão, além de terem participado de várias iniciativas sociais nos ramos de educação e de sustentabilidade. A excursão foi organizada pela Fundação Renova, que foi fundada para recuperar os impactos sociais, ambientais e financeiras do desastre de 2015. “Foi um grande aprendizado e empoderamento para os embaixadores, que voltam para Araranguá, com mais conhecimento, para disseminar entre os colegas e familiares”, disseram os educadores.