O mês de setembro trouxe consigo uma campanha que não se esgota em seus 30 dias: o setembro amarelo. Uma campanha destinada a conscientização da prevenção ao suicídio. A psicologia escolar está atenta e comprometida a oferecer espaços de reflexão, pois o suicídio de crianças de 5 a 14 anos tem crescido no Brasil e no mundo. O que pode estar havendo na pós-modernidade?
Ao falar em prevenção é imprescindível situar a infância no universo do setembro amarelo, conseguimos escutar a criança? Quais os desdobramentos na vida psíquica do infante que não tem a quem endereçar o seu mal-estar? As crianças necessitam de atenção sustentada ao longo do tempo, como conciliar esta exigência com os ideais da contemporaneidade que atende o imperativo do “ter”? Para que a criança possa existir é necessária uma co-construção que só é possível na relação com o outro (família – escola).
Assim, o exercício da parentalidade requer das famílias e cuidadores esforços, persistência, resiliência e tolerância. Como sustentar essas reinvindicações com a ultra rapidez de informações, a tecnologia como substituta das verdadeiras companhias?
Esta campanha nos sensibiliza a lembrarmos do quão relevante é cuidarmos da saúde mental também dos nossos adolescentes. Temos auxiliado os adolescentes a nomear de fato os sentimentos e verbalizar o que estão sentindo? Deve-se oferecer a escuta, acolher e trazê-los para perto dialogando e oferecendo atividades e ações em família e na escola sistematicamente e estarmos atentos a mudanças repentinas emocionais em nossos jovens.
Para evitarmos e prevenirmos o adoecimento emocional devemos lembrar que a melhor maneira é nos apropriarmos da importância do nosso papel como pais e como educadores na formação das nossas crianças e dos nossos adolescentes.
Que sempre sigamos com acolhimento, empatia e atenção, valorizando a vida das nossas crianças e adolescentes, como o lema proposto na Campanha do Setembro de 2022 descreve: “ A vida é a melhor escolha “.